Tenho um projeto pessoal de ler um autor de cada país do mundo e foi por Katherine Mansfield ser neozelandesa que tive a sorte de chegar aos contos dela. Terminando este livro fico impressionada com o fato dela ser tão pouco divulgada por aqui. A propósito, lendo autores de países diferentes vejo que no Brasil nosso entretenimento é bombardeado pela monocultura norte-americana, o que não é, nem de longe, o melhor que poderíamos estar em contato. Voltando a Katherine Mansfield, só posso dizer que é uma autora esplêndida. Mas se Virginia Woolf sentia inveja da escrita dela, quem sou eu para não me fascinar? Dos quatorze contos reunidos neste livro posso dizer que uma metade eu adorei e a outra eu amei. Além da escrita que flui bem logo no primeiro parágrafo de cada história a autora tem muita sensibilidade ao transitar nos mais diversos temas em que se dispõe a escrever. Não me arrisco a comentar conto a conto pois acredito que cada narrativa acaba nos atingindo de formas diferentes. Vi ...
Neste romance, Virginia Woolf conta um dia inteiro na vida de Clarissa Dalloway e partes do dia de personagens que tangenciam a vida da protagonista. Achei a escrita de uma sutileza enorme, ao ponto que se você não tomar cuidado, se perderá no fluxo de consciência da autora, o que talvez o torne um livro difícil de ser lido nos dias atuais onde a cada minuto olhamos uma nova notificação no celular. Mas o fato é que Mrs. Dalloway vale tentar e insistir na leitura. Há dois trechos nesta história que valeram para mim o livro todo, valeram também o fato de ter a leitura como hobby e de ler tanta coisa ruim até se achar algo bom. Antes que se pense que foram dois trechos de viradas drásticas e momentos impactantes na história, digo que não é. O primeiro é quando Clarissa começa a relembrar parte de sua juventude em que conviveu com Sally Seton e o segundo é um momento onde Septimus e Rezia conversam a sós em casa. Encantou-me como ela conseguiu escrever sobre coisas tão corriqueiras e disse...